Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis, deixaram o luxuoso hotel em que estavam no Paraguai, nesta terça-feira, 25, em direção ao aeroporto de Assunção. Os ex-jogadores partirão rumo ao Brasil ainda na tarde de hoje, um dia depois da libertação de ambos, em razão de um acordo realizado entre advogados de defesa e o Ministério Público do Paraguai. Eles entraram em um carro que os esperava na porta do estabelecimento, localizado no centro histórico da capital paraguaia, e rapidamente foram cercados por fãs e jornalistas, que aguardavam por qualquer manifestação, especialmente, do antigo camisa 10 do Barcelona.
O veículo em que Ronaldinho e Assis entraram, inclusive, teve dificuldades para partir, diante da aglomeração que se formou pela saída dos irmãos. Depois de conseguirem deixar o hotel, os ex-jogadores foram para um hangar do aeroporto de Assunção, onde partiriam em voo fretado para o Brasil, que foi autorizado ontem pelo Conselho de Defesa Nacional (Codena), que gere a entrada e saída do país, diante do bloqueio pela pandemia da Covid-19.
Presos no Paraguai desde 6 de março por portarem passaporte com conteúdo falso, Ronaldinho Gaúcho e Assis foram liberados nesta segunda-feira, depois que o juiz de garantias Gustavo Amarilla aceitou, em audiência preliminar, o acordo entre os advogados e o Ministério Público.
PRISÃO POR FRAUDE
Os irmãos entraram no país em 4 de março, para que o duas vezes melhor jogador do mundo participasse de ações beneficentes em favor de crianças idealizado por uma instituição cuja diretora era a empresária paraguaia Dalia López e da inauguração de um cassino. Dalia, que está foragida há mais de quatro meses, é acusada de liderar uma organização criminosa que produz documentos oficiais adulterados. Ela é apontada como a responsável por encomendar os passaportes com conteúdo falso e intermediar a entrega aos brasileiros.
Ronaldinho e Assis foram detidos em 6 de março e permaneceram na sede do Grupamento Especializado da Polícia Nacional, em Assunção, até 7 de abril, quando pagaram fiança US$ 1,6 milhão. A partir de então, permaneceram em prisão domiciliar em um hotel da capital paraguaia. Os irmãos, que se condenados por uso de documento com conteúdo falso poderiam pegar até 5 anos de cadeia, haviam tido recurso negado em 7 de julho, mas desta vez conseguiram a liberação e podem voltar ao Brasil.
*Com informações da EFE
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