Santos não empolga, e fica no 0 a 0 contra o Olimpia-PAR

O Santos contou com a vantagem de ter um homem a mais, mas não passou do 0 a 0 com o Olímpia, na Vila Belmiro, nesta terça-feira, no retorno da Libertadores. Vindo de duas vitórias, o time tropeçou pela primeira vez no Grupo G em noite de muitos erros e inoperância diante da boa marcação do rival paraguaio.

Apesar do resultado, o Santos permanece na liderança da chave, com sete pontos. A segunda posição é justamente do Olimpia, com cinco. Delfín e Defensa y Justicia se enfrentam na quinta. O primeiro tem um ponto e está logo atrás do time paraguaio, enquanto o segundo ainda não pontuou. Cuca teve o retorno de Raniel, liberado após cumprir guarentena e constar negativo no novo teste para covid-19, mas sem ritmo, o atacante não empolgou, assim como boa parte do elenco. O desempenho geral destoou dos últimos jogos do Campeonato Brasileiro, com muitas limitações no meio-campo e ataque. O time volta a campo pelo torneio na próxima quinta-feira, 24, para enfrentar o Delfín, do Equador. No dia anterior, o Olimpia pega o Defensa y Justicia, fora de casa.

O JOGO

Com o retorno de Raniel, o Santos foi a campo com força máxima nesta terça. Mas a volta da equipe à Libertadores não foi exatamente como a torcida esperava no primeiro tempo. Sem criatividade, a equipe da casa fez um duelo truncado, concentrado no meio-campo e de raras emoções.

Maior esperança do Santos, Marinho era muito bem marcado. Precisava voltar quase na defesa para armar as jogadas, sem sucesso. Também não ajudava o time da casa a postura do árbitro uruguaio Leodán González, que marcava poucas faltas e deixava a bola rolar, apesar de lances mais ríspidos. O jogo perdia em termos técnicos quanto disciplinares.

Desta forma, o Olímpia conseguia impor até com certa tranquilidade sua estratégia de jogar na retranca, à espera do contra-ataque. O time paraguaio talvez só não tenha sido bem-sucedido na etapa inicial porque o veterano Roque Santa Cruz, única opção mais avançada da equipe, foi substituído logo aos 17 minutos, sem maiores explicações.

Mesmo sem a principal estrela do time, o Olímpia criou duas boas chances de gol e o goleiro João Paulo precisou fazer boas intervenções para evitar o gol paraguaio. Do outro lado, o Santos só criou, de fato, uma grande oportunidade. Foi ais 37, quando uma rápida triangulação pela esquerda deixou Soteldo livre dentro da área. Ele bateu rasteiro, acertando o pé da trave esquerda do goleiro Azcona.

Depois do primeiro tempo morno, o Santos tentou acelerar o jogo no início da segunda etapa. Foi para cima, buscou mais o ataque, mas seguia com a dificuldade de superar a bem armada defesa paraguaia. O time da casa não encontrava espaços e praticamente só ameaçava na bola parada, principalmente nos escanteios.

Nem mesmo a expulsão do volante Rojas aos 22 minutos abriu espaço no campo adversário. Os anfitriões eram lentos e previsíveis. Incomodado, Cuca tentou mudanças, ao colocar Lucas Lourenço e Marcos Leonardo, este na vaga do apagado Raniel. Depois, Madson e Jean Mota tampouco conseguiram alterar o panorama do jogo, que terminou sem gols e sem qualquer motivo para empolgação.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 0 x 0 OLIMPIA

SANTOS – João Paulo; Pará (Madson), Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonathan (Jean Mota); Alison (Lucas Lourenço), Diego Pituca e Carlos Sanchez; Raniel (Marcos Leonardo), Soteldo e Marinho. Técnico: Cuca.

OLIMPIA – Azcona; Otálvaro, Leguizamón, Alcaraz, Iván Torres (Arias); Ortiz, Rodrigo Rojas, Candia (De La Cruz), Alejandro Silva (Derlis González), Camacho (Caballero); Roque Santa Cruz (Pitta). Técnico: Daniel Garnero.

CARTÕES AMARELOS – Candia, De la Cruz, Marinho.

CARTÃO VERMELHO – Rojas.

ÁRBITRO – Leodán González (Uruguai).

LOCAL – Vila Belmiro, em Santos (SP).

* Com Estadão Conteúdo

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