O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que, se dependesse dele e do MEC, as aulas voltariam em todo o país hoje. Porém, ele deixou claro que o Ministério da Educação não tem poder de gestão na ponta — ou seja, nos estados e municípios. “Mesmo que a gente desse uma orientação de volta às aulas, cabe ao município e ao Estado definir. Essa liberdade é dada por lei. O que cabe ao MEC é dar orientações e protocolos de biossegurança como sugestão. Se dependesse de mim, as aulas voltariam hoje ou amanhã.”
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Ribeiro avaliou que o Brasil tem condições de conhecer as medidas mínimas sanitárias e ressaltou que a contaminação já está em curva descendente. “Não teria dificuldade em recomendar o retorno hoje”, reforçou. O ministro lembrou que “ninguém no mundo” sabe o que fazer e que alguns países já estão retornando ao lockdown, mas o Brasil avança. “O MEC remanejou R$ 525 milhões para as escolas poderem comprar insumos necessários e fazerem pequenos reparos. Esse dinheiro saiu de uma rubrica de auxiliares de classe, não usados no EAD, para ser transformado em equipamentos. É um valor considerável e que vai para a ponta.”
Milton Ribeiro também falou sobre a doutrinação nas escolas e disse que vai trabalhar para que essas discussões só cheguem aos jovens ao 17 ou 18 anos. “Crianças é pré-adolescentes não tem ferramentas e maturidade necessária para discutir gênero ou visão ideológica. Isso tem que ser reportado no tempo correto, quando existe essa liberdade para entender e discutir. Minha orientação é direta e sincera. Os livros didáticos passa, todos os anos, por uma revisão”, disse. Entretanto, ele avaliou que o desempenho no Ideb foi positivo. “Há alguns anos nosso índice ficou congelado. Agora, estamos tendo uma grata surpresa de uma pequena melhora. Isso vai refletir para que tenhamos um país melhor e com gente mais instruída.”
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