A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), órgão da Presidência da República, criticou neste sábado, 5, o ator, compositor e roteirista Marcelo Adnet, por fazer uma sátira à campanha do governo chamada de “Um povo heroico”, em homenagem a “heróis brasileiros”, estrelada por Mario Frias, atual Secretário Especial de Cultura de Jair Bolsonaro. “Erramos. Acreditamos que seria possível unir todo o país em torno de bons valores e de bons exemplos. Afinal, ninguém é contra a bondade, o amor ao próximo, o sacrifício por inocentes”, diz o órgão em perfil no Twitter, na primeira de uma série de postagens.
A campanha foi feita em comemoração ao dia 7 de setembro, dia da independência do Brasil. Ainda em seu pronunciamento na rede social, a Secom diz que “há quem prefira parodiar o bem e fazer pouco dos brasileiros”. No vídeo de Adnet, além da paródia à campanha estrelada por Frias, o humorista também satiriza Bolsonaro e Fabrício Queiroz, ex-policial militar investigado no caso das ‘rachadinhas’ no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj.
“De que adianta afetar bons sentimentos, falar em defesa do povo e coisas do tipo, mas na prática desprezar as pessoas reais, de carne e osso, que são exemplos para todos?”, continua a Secom, no Twitter. Mario Frias já tinha criticado Marcelo Adnet na noite desta sexta-feira, 4, em publicação no Instagram. “Garoto frouxo e sem futuro. Agindo como se fosse um ser do bem”, afirmou Frias.
Acusado pela Secom de desrespeitar o povo brasileiro em sua sátira, Adnet se defendeu: “A crítica não é ao povo, não força a barra. A crítica é ao governo federal que, em vez de trabalhar, prefere perseguir seus próprios cidadãos”. O humorista também afirmou que o governo se elegeu “sob a bandeira do fim do ‘mimimi’ e do politicamente correto, mas não aguentam uma sátira, que vem chorar em perfil oficial.” Na crítica feita a Adnet, a Secom informa que a série “Um povo heroico” acaba na próxima sexta-feira, dia 11.
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