SP não tem nenhuma região na fase vermelha pela 1ª vez desde início de plano de reabertura

SÃO PAULO – O governo de São Paulo atualizou nesta sexta-feira (21) a situação das regiões no Plano São Paulo e anunciou que, pela primeira vez desde o início do plano de flexibilização econômica em junho, nenhuma região do estado ficou na fase vermelha – a mais restritiva. Na nova atualização, cinco regiões avançaram de fase e duas retrocederam.

Os avanços ocorreram nas regiões de Registro e Franca, que passaram da fase vermelha para a laranja. As sub-regiões Oeste e Norte da Grande São Paulo e Barretos passaram da laranja para amarela. Marília e São João da Boa Vista regrediram da fase amarela para a laranja.

O plano de reabertura gradual das atividades econômicas tem como base indicadores como o número de leitos de UTI exclusivos para Covid-19 disponíveis para cada 100 mil habitantes; a média da taxa de ocupação de leitos dos últimos sete dias; e a evolução da epidemia – considerando os números de casos, internações e óbitos pela doença.

“O estado melhorou na evolução da pandemia, temos cerca de 88% da população em regiões na fase mais avançada do plano de flexibilização e essa nova quarentena é renovada até o dia 6 de setembro”, disse o vice-governador do estado, Rodrigo Garcia.

Horários de funcionamento

A partir desta sexta-feira (21), o horário de funcionamento de bares, restaurantes, shoppings, lojas, escritórios e outras atividades comerciais em cidades de regiões na fase amarela do Plano São Paulo foi ampliado de seis para oito horas. A medida foi liberada pelo governo, mas os prefeitos têm autonomia para decidir se a mudança será adotada.

Os empresários poderão escolher pela jornada de trabalho contínua, de oito horas seguidas, ou fracionar o horário de abertura dos estabelecimentos, que ainda estão proibidos de funcionar depois das 22h.

Na capital, o prefeito Bruno Covas anunciou a publicação de uma portaria que estabelece o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais na cidade.

Escritórios, concessionárias, imobiliárias, barbearias, academias e salões de beleza podem funcionar de forma livre, respeitando o horário limite de funcionamento. A mesma regra se aplica para bares, restaurantes, padarias e outros estabelecimentos similares.

O comércio de rua e as galerias comerciais poderão funcionar das 10h até às 18h. Os shoppings populares tiveram seu horário de funcionamento estabelecido entre 5h até às 13h; e o horário de operação dos demais shoppings é das 12h até as 20h.

O prefeito reforçou que os estabelecimentos (comércio de rua, shoppings e galerias) que optarem por funcionar em horários diferentes do estabelecido pela portaria municipal devem comunicar aos seus clientes quais os horários que eles vão funcionar.

“Essa é uma indicação do setor, já que shoppings e comércios do Centro ficaram funcionando em horário diferente daquele de bairros mais periféricos da cidade de São Paulo”, disse.

Covas também anunciou a volta do horário normal de funcionamento dos parques municipais, a partir da próxima semana. Até o momento, os 70 parques abertos estavam funcionando com horário reduzido, das 10 às 16 horas, com exceção do Parque do Ibirapuera e o Parque do Carmo, que funcionavam das 6h às 16h.

Ainda abertos apenas de segunda à sexta, a maioria dos parques vão voltar a abrir das 6 horas até as 18 horas. Os parques maiores com horários diferenciados retornarão a ter atividades no período da noite. O Parque do Povo funcionará das 6h às 22h; a Chácara do Jockey, de 6 horas às 20 horas; e o Parque do  Ibirapuera terá seu horário de funcionamento estabelecido das 6 horas até a meia-noite.

O prefeito também confirmou a compra de tablets com chips para cerca de 465 mil alunos da rede municipal de ensino. O dispositivo irá auxiliar estudantes do ensino fundamental, médio e da educação de jovens e adultos (EJA) durante o período de aulas remotas.

As escolas de São Paulo não vão mais reabrir em setembro, como anunciado anteriormente. A prefeitura decidiu postergar a abertura após uma pesquisa mostrar que o percentual de jovens assintomáticos no município chega a 64%, o que pode aumentar o risco de contágio.

Ocupação de UTIs no estado de São Paulo

No consolidado, o índice de ocupação de leitos registrados nesta quinta-feira (20) foi de 56% em todo o estado. Na Grande São Paulo, o nível de ocupação dos leitos exclusivos para tratamento da Covid-19 está em 54%. O estado contabiliza 753.960 casos confirmados da doença e 28.155 mortes por coronavírus.

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