Julgamento virtual de Moisés dos Anjos terminou meia-noite. Somente após a proclamação do resultado é que vai ficar definida qual a pena de cadeia que Santos deverá cumprir.
Terminou à meia noite da terça-feira (7), o julgamento do morador de Leme (SP), Moisés dos Anjos, acusado de envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 janeiro, quando houve a invasão de prédios na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A decisão foi no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal. A maior parte votou por 17 anos de prisão.
Ele foi condenado por sete ministros nos quatro crimes em que era acusado: abolição violenta do estado de direito, tentativa de golpe de estado, associação criminosa armada e dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio público.
Dois ministros decidiram por penas menores, de 15 anos.
Três juízes não reconheceram todos os crimes, mas mesmo assim Anjos recebeu deles penas de quatro meses a 11 anos de cadeia.
Somente após a proclamação do resultado do julgamento virtual, que deve ocorrer em até uma semana, vai ficar definida qual a pena de cadeia que Santos deverá cumprir.
Outra punição é o pagamento de uma multa de aproximadamente 30 salários mínimos além de ajudar pagar a indenização de 30 milhões de reais pelos danos causados, que será dividida entre todos os condenados.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, ressaltou em seu voto três fatos para a condenação: ele foi preso dentro do Planalto e no celular a polícia encontrou fotos e áudios gravados durante o dia da invasão exaltando a destruição do prédio do supremo e conteúdo golpista.
Anjos ficou preso em Brasília até agosto. Em seu depoimento, ele negou as acusações e contou que participou do acampamento em frente à academia da Força Aérea Brasileira (FAB), em Pirassununga. Ele afirmou que foi a Brasília para participar de protestos pacíficos.
O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.
Na maior parte dos casos, as pessoas envolvidas nos atos terroristas gravaram a ação e publicaram em suas próprias redes sociais.
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