A polícia da França prendeu e está interrogando um suspeito do ataque com faca cometido nesta sexta-feira (25), próximo à antiga sede da revista semanal Charlie Hebdo, em Paris. As informações são da imprensa local. A prisão ocorreu na zona da Bastilha, muito próxima à área onde ocorreu o ataque. Duas pessoas ficaram gravemente feridas, mas não correm risco. Embora inicialmente se pensasse que o atentado havia sido cometido por duas pessoas e houvesse quatro feridos, a polícia retificou essas informações e especificou que há apenas um autor do ataque e dois feridos.
As forças da ordem mobilizaram sua Brigada de Investigação e Intervenção (BRI) e ampliaram o perímetro de segurança no local dos fatos devido à descoberta de um pacote suspeito que, de acordo com a imprensa francesa, não continha explosivos. O presidente da câmara central da capital francesa, Ariel Weil, escreveu no Twitter que todas as escolas dos distritos III e IV foram fechadas e que as crianças permanecem lá dentro. A emissora de TV BFM acrescentou que cinco escolas no distrito XI também foram fechadas.
No início da semana, a Torre Eiffel foi evacuada em Paris após ameaça de bomba. Segundo a emissora local BFM Paris, a polícia recebeu uma ligação anônima que afirmava que uma bomba havia sido plantada no cartão postal de Paris. Policiais armados foram vistos no local para buscar o suposto dispositivo. A Torre Eiffel foi reaberta recentemente – com limite de público – devido à pandemia do novo coronavírus. Em tempos normais, 25 mil pessoas sobem ao deck da torre por dia. Mais de 250 milhões de turistas visitaram o local desde sua construção, em 1889.
Ataque em 2015
O ataque contra a revista satírica Charlie Hebdo ocorreu no dia 07 de janeiro de 2015 e deixou 12 mortos. Os irmãos Saïd e Chérif Kouachi entraram na redação da revista armados com fuzis e mataram parte da equipe da publicação. Todos os mortos foram identificados. São eles: o editor e cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, o lendário cartunista Wolinski, o economista e vice-editor Bernard Maris e os cartunistas Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, além do também desenhista Phillippe Honoré, do revisor Mustapha Ourad e da psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal para a “Charlie Hebdo” chamada “Divan”. Entre os outros mortos estão o policial Franck Brinsolaro, que foi morto dentro da sede da revista, e o agente Ahmed Merabet, que morreu na rua, durante a fuga dos terroristas. As outras duas vítimas fatais forma Frédéric Boisseau, funcionário do prédio, e Michel Renaud, que visitava a redação no dia do ataque.
*Com informações da EFE
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