TikTok não será vendido à Oracle, diz TV estatal chinesa

A empresa de tecnologia chinesa ByteDance não venderá as operações do TikTok nos Estados Unidos à Microsoft nem à Oracle, e também não entregará o código-fonte da plataforma a nenhum comprador americano, afirmou nesta segunda-feira (14) a televisão estatal CCTV. Segundo o canal internacional CGTN, que cita fontes próximas às negociações sob anonimato, é certo que a ByteDance recusou a oferta da Microsoft, como já havia anunciado a empresa de Redmond. “ByteDance nos informou que não venderá as operações do TikTok nos EUA à Microsoft. Estávamos seguros que nossa proposta era positiva para os usuários do TikTok e também protegia os interesses de segurança nacional”, comunicou a Microsoft, que tinha se associado ao Walmart para realizar a operação.

De acordo com a imprensa americana, a ByteDance escolheu a Oracle, embora isto não signifique que vá ocorrer uma venda das operações do TikTok nos EUA, mas a companhia californiana poderia se tornar um “parceiro tecnológico de confiança”. As informações indicavam que ambas as empresas consideram o negócio satisfatório para os requisitos impostos pelo presidente americano, Donald Trump, que tem uma boa relação com o diretor executivo da Oracle, Larry Ellison. A matriz da plataforma de vídeos curtos ainda não comentou a possibilidade de evitar uma venda através de uma parceria com a empresa.

Se assim for, a parceria permitiria que a ByteDance continuasse a operação do TikTok nos EUA, após Trump ter anunciado em agosto que o negócio da rede social nos EUA deveria ser vendido a uma empresa local até 15 de setembro se quisesse evitar uma proibição no país. Contudo, as autoridades chinesas complicaram a operação atualizando – pela primeira vez desde 2008 – as listas de limitações ou restrições à exportação de tecnologia para outros países, incluindo características utilizadas pelo TikTok, como o reconhecimento de voz, funções de análise de dados e recomendações de conteúdo. Assim, estas tecnologias não podem mais ser vendidas a outros países sem a aprovação do Ministério do Comércio chinês.

*Com EFE

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