Atire a primeira pedra quem nunca tomou um medicamento sem, antes, checar se estava no prazo de validade! Para quem costuma guardar remédios em casa por muito tempo, o risco de isso acontecer é ainda maior. Algumas pessoas passam anos sem conferir as datas e, uma hora ou outra, acabam consumindo algum remédio que já venceu. Por isso, a farmácia caseira exige alguns cuidados para não comprometer a segurança e a durabilidade dos produtos. Mas será que medicamento vencido realmente pode fazer mal? Segundo médicos, depende do remédio. A data de validade determina até quando os laboratórios garantem a eficácia e a segurança das fórmulas. Ou seja, quanto mais a substância for consumida depois do prazo, maior o risco de não ter mais tanta eficácia. O que significa que o problema pode não ser resolvido conforme o esperado. Porém, no caso de antibióticos e medicamentos de uso contínuo, a situação é de maior risco.
Segundo o FDA, a agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos, um antibiótico vencido, além de não atacar as infecções, o que piora o quadro do paciente, pode aumentar a resistência das bactérias ao remédio. E no caso do medicamento de uso contínuo, doses sem a devida eficácia podem comprometer a eficiência do tratamento e a qualidade de vida de quem depende dele. Ou seja, se o remédio venceu, não use. Mesmo porque os órgãos reguladores de saúde restringem as pesquisas ao período de vida útil das fórmulas. Pouco se sabe sobre possíveis efeitos tóxicos após o vencimento. Na dúvida, é melhor não consumir. E, na hora de descartar, para evitar qualquer possibilidade de contaminação da água e do solo, o ideal é não jogar os medicamentos no lixo comum ou no ralo da pia.
Este ano, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que determina que farmácias e drogarias se responsabilizem pelo recolhimento de medicamentos vencidos ou que não têm mais utilidade. A medida publicada no “Diário Oficial da União” estabelece prazo de até cinco anos para que as cidades se adequem à exigência. Até lá, a orientação é procurar estabelecimentos que já fazem o recolhimento, como indústrias e farmácias, ou unidades básicas de saúde para saber como fazer o descarte de forma mais segura. Tá Explicado? Até a próxima!
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