O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 11, “um acordo de paz” entre Israel e Bahrein“, no qual ambos os países firmaram “o estabelecimento de relações diplomáticas plenas”. “Outra conquista histórica hoje! Nossos grandes amigos Israel e Bahrein firmaram um acordo de paz – o segundo país árabe a fazer pazes com Israel em 30 dias”, escreveu Trump no Twitter. Na próxima terça-feira, o mandatário americano será o anfitrião da assinatura do tratado entre as autoridades de Israel e Emirados Árabes, na Casa Branca.
Em vídeo divulgado após o anúncio de Trump, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comemorou o acordo com o Bahrein. “Investimos na paz durante muitos anos e, agora, a paz investirá em nós. Isto levará a grandes investimentos na economia israelense, o que é muito importante. Esta é uma nova era de paz. Paz em troca de paz, economia em troca de economia”, comentou Netanyahu, ao antecipar que haverá mais acordos como este. Trump também publicou um comunicado no qual, junto ao rei do Bahrein, Hamad bin Khalifa, e a Netanyahu, acordaram o estabelecimento de laços diplomáticos. “Isto é um marco histórico rumo à paz no Oriente Médio. A abertura de um diálogo direto e de relações entre duas sociedades dinâmicas e economias avançadas continuará a transformação positiva do Oriente Médio e aumentará a estabilidade, a segurança e a prosperidade na região”, informa a nota.
Os EUA agradeceram ao reino árabe pela organização do fórum econômico “Paz para a Prosperidade” em junho de 2019, em Manama, “para progredir na causa da paz, dignidade e oportunidades econômicas para o povo palestino”. O comunicado acrescenta que “as partes continuarão os esforços para chegar a uma resolução justa, global e duradoura para o conflito palestino-israelense que permita que o povo palestino alcance seu potencial completo”. Esse fórum, organizado conjuntamente por EUA e Bahrein, propôs impulsionar o desenvolvimento econômico da Palestina, mas rejeitou abordar aspectos políticos do conflito.
A iniciativa de Manama foi rejeitada por 57 ONGs de diversos países árabes, não contou com representação palestina e ganhou pouco relevância entre a opinião pública israelense. Por outro lado, a nota publciada por Trump acrescenta que Israel afirmou que “todos os muçulmanos que chegam em paz podem visitar e rezar na Mesquita de Al-Aqsa” e que “os locais sagrados de Jerusalém permanecerão abertos para os fiéis pacíficos de todas as crenças”. Com o anúncio desta sexta-feira, o Bahrein se torna o quarto país árabe a estabelecer relações diplomáticas plenas com Israel, após Emirados Árabes, Egito (1979) e Jordânia (1994).
*Com informações da Agência EFE
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