A Turquia segue com medidas rígidas para evitar a propagação do novo coronavírus. Nesta quinta-feira, 24, o governo local anunciou que condenará até dois anos de prisão quem testar positivo para Covid-19 e mentir sobre com quem teve contato. O Ministério do Interior comunicou oficialmente que se, durante o rastreio dos contatos, as autoridades descobrirem que uma pessoa diagnosticada com a doença forneceu informação “incompleta, falsa ou contrária à verdade”, será aberto um processo baseado no artigo 206 do Código Penal do país. Este artigo determina penas de três meses a dois anos de reclusão ou multa para quem comete falso testemunho perante funcionários públicos autorizados a expedir documentos oficiais.
O governo turco também lembrou a importância do trabalho das equipes de acompanhamento, que visitam todas as pessoas diagnosticadas com Covid-19 para saber com quem estão mantendo contato. A Turquia atribui a essa medida parte do desempenho no combate à pandemia causada pelo SARS-CoV-2, que até agora matou cerca de 7.700 pessoas no país, que possui 80 milhões de habitantes. Após um pico de 120 mortes diárias em abril, o número de óbitos por Covid-19 caiu para menos de 20 nos últimos meses, mas em agosto voltou a subir para 60, e na última quarta-feira foi registrado um novo pico de 72 mortes.
A medida inusitada do governo não é a primeira na Turquia nesta pandemia. Recentemente, a Província de Saraya determinou que a pessoa que não usar máscara de proteção em locais públicos ou no trabalho ficará três dias de quarentena em casa, pagará uma multa e terá de ler dez livros. “Foi imposta uma sanção a 65 pessoas que não usavam máscara durante as inspeções realizadas hoje: multa de 900 liras (na cotação atual, R$ 635), quarentena obrigatória de três dias e a leitura de dez livros. Continuaremos implementando medidas e controles rígidos”, informou no Twitter o governador da província, Çetin Oktay Yildirim, no dia 11 de setembro.
*Com informações da Agência EFE
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