O Ministério Público (MP), autoridades eleitorais, e polícia fluminense estão preocupados com os candidatos aos 92 municípios do Rio de Janeiro (RJ) para a prefeitura e, especialmente, para as Câmaras Municipais. Informações dos serviços de inteligência apontam cada vez mais o tráfico de drogas e a milícia estão se mobilizando entorno de respectivos candidatos que possam defendem os interesses do crime organizado dentro do parlamento. Um levantamento feito pelos órgãos aponta que uma em cada sete seções eleitorais está em uma área dominada. Ao todo, são 672 locais de votação nesta condição. Com isso, considerando a situação, as autoridades acreditam que o risco de haver uma influência, como um antigo voto do cabresto, seja da milícia ou do tráfico, é elevado. Nestas localidades, vivem cerca de dois milhões de cariocas e fluminenses, o que equivale a 15% do eleitorado do Estado.
No geral, as milícias têm expandido seus negócios na capital fluminense. Na região metropolitana são aproximadamente 1.440 favelas dominadas pelo tráfico e pela milícia, sendo quase 900 estão nas mãos dos traficantes e o restante com os milicianos. Além do atual avanço dos grupos, o Rio de Janeiro enfrenta novos episódios na política. Na semana passada operações miraram três candidatos à prefeitura do Rio, sendo mandados de busca e apreensão cumpridos nas residências de Eduardo Paes (Democratas), ex-prefeito da cidade, e de Marcelo Crivella, atual chefe do Executivo municipal. Além disso, Operação Catarata resultou na prisão da pré-candidata Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson. A ex-vereadora e ex-deputada federal é acusada de desvios em contratos da Fundação Leão XIII, que é voltada para a assistência social.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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