O governo da Venezuela confirmou nesta quarta-feira, 2, o convite para que Organização das Nações Unidas (ONU) e União Europeia (UE) participem como observadores das eleições legislativas, que estão previstas para acontecer em 6 de dezembro. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores do país, Jorge Arreaza, por meio do Twitter. “Informo que ontem enviamos cartas sobre as amplas garantias eleitorais acordadas para as próximas eleições parlamentares, além de reiterar o convite para que as Nações Unidas e a União Europeia participem como observadores”, disse o chanceler.
Arreaza explicou que os destinatários foram o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e o espanhol Josep Borrell, Alto Representante da UE para a Política Externa. As eleições parlamentares de 6 de dezembro geraram fortes críticas da oposição, pela falta de garantias de segurança. O pleito está sendo considerado, de antemão, uma “fraude”, apontam alguns setores. Entre os alvos dos ataques está a nomeação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), por parte do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e não do Parlamento, que tem maioria opositora, que é o responsável pelo ato, segundo a Constituição.
A oposição rejeita a legitimidade do STJ, devido a indicação dos magistrados, a maioria próximos ao regime chavista. Por sua vez, o tribunal alega que a Assembleia Nacional foi omissa nas funções que deveria exercer. No comando do CNE está Indira Alfonzo, o que fez com que 27 partidos políticos anunciassem que não participarão do pleito, sob a liderança do líder opositor Juan Guaidó.
*Com informações da Agência EFE
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