Ela estava acompanhada da mãe e irmã dela. A polícia ainda tenta identificar a substância que causou a morte de mãe e filha.
Um vídeo mostra quando a advogada Amanda Partata, suspeita de matar envenenados o ex-sogro e a mãe dele, voltou à casa das vítimas um dia após o crime. Ela está presa, mas negou os assassinatos. A polícia ainda tenta identificar a substância que causou a morte de mãe e filho.
Na imagem, Amanda aparece de vestido azul conversando com um policial. Ela estava acompanhada da mãe e avó dela. Na casa também estavam outros familiares das vítimas, Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves.
Luís Gustavo Nicoli, que representa a família das vítimas, contou que Amanda foi à casa do ex-sogro, onde também morava a mãe dele, no último dia 17, um domingo, para um café da manhã. De acordo com as investigações, foi nesse momento que eles foram envenenados.
“No dia seguinte, quando o Leonardo e a Luzia já tinha falecido, e a Amanda já sabia disso, ela foi à casa da família acompanhada da mãe e da avó dela. Quando elas chegaram, a polícia estava no local, já investigando o caso”, disse Nicoli.
O advogado contou que a família não chegou a descobrir o motivo de ela ter ido à casa, pois os policiais logo começaram a conversar com ela para pegar mais informações e a levaram para prestar um depoimento na delegacia.
“No tempo em que ela esteve lá, não demonstrou sofrimento ou dor pela perda da família. Os parentes nem desconfiavam dela”, completou o advogado.
Em nota, os advogados de Amanda disseram que aguardam o desenrolar de investigações antes de comentarem sobre as acusações. Eles contestam a legalidade da prisão e destacam que Amanda se apresentou voluntariamente à delegacia, entregou documentos e informou à polícia sobre sua localização e estado de saúde.
Incredulidade
O médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex da advogada Amanda Partata disse nunca ter imaginado algo que justificasse “tamanha brutalidade”. A declaração aconteceu após ele prestar depoimento na delegacia na terça-feira (26).
“A gente nunca imaginava qualquer coisa justificasse tamanha brutalidade. E a gente tá vivendo nosso luto. Tem sido muito difícil”, desabafou o médico.
Prisão
A suspeita foi presa temporariamente na noite de quarta (20) e passou pela audiência na quinta (21). À polícia e durante a chegada na delegacia, Amanda negou a autoria do crime. A Justiça negou o pedido de liberdade feito pelos advogados.
A polícia informou que o caso é tratado como envenenamento. A Polícia Científica descartou que foi usado algum tipo de pesticida, mas segue tentando identificar a substância usada.
No dia 21, o delegado Carlos Alfama deu uma coletiva de imprensa dando explicações sobre o caso. Na ocasião, ele disse que, mesmo que a perícia não consiga identificar a substância usada, o caso seguirá sendo considerado envenenamento.
“Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. Não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? O perito apontou: a morte foi por envenenamento”, explicou o delegado.
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