A Volkswagen apresentou uma proposta para reduzir em 35% o número de trabalhadores em todo o país. A informação é dos sindicatos das quatro cidades em que a fábrica atua. De acordo com números das entidades, o corte acometeria, aproximadamente, cinco mil dos 14.700 trabalhadores, incluindo mensalistas, horistas e também terceirizados. Por meio de nota, a empresa disse estar negociando com os sindicados uma forma de se adequar ao novo cenário imposto pela crise causada pela pandemia de coronavírus. Estão sendo conversadas “medidas de flexibilização e revisão dos acordos coletivos vigentes”. A fábrica falou que ” layoff” e planos de demissão voluntária são algumas opções, dentre várias, para adequar o trabalho à demanda.
De acordo com os sindicatos, foram realizadas reuniões nos dois últimos dias e novos encontros já estão agendados. Em abril, o presidente da Volkswagen na América do sul, Pablo Di Si, afirmou, em entrevista a Carlos Aambrana, que a falta de crédito ao setor poderia provocar desemprego no curto prazo. O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté afirmou que a Volkswagen propôs flexibilizar a jornada de trabalho, cortar reajustes salariais, diminuir o pagamento de participação de lucros e também realizar alterações em benefícios. No início da pandemia, todas as montadoras ficaram fechadas e, em abril, o setor automotivo teve o menor volume de produção da história. Ao todo, foram fabricados 1.847 veículos, enquanto no mesmo mês, em 2019, foram produzidos 267.561. Agora, o setor têm apresentado melhores perspectivas, apesar de o cenário ainda ser muito incerto. As fábricas automotivas têm reduzido tamanho, demitido funcionários, adiado metas e, consequentemente, contraído dívidas.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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