Pelo menos doze mil saques irregulares do auxílio emergencial foram realizados por uma quadrilha alvo da Operação Parasita. Segundo a Polícia Federal (PF), os crimes eram cometidos por um grupo que atuava há cerca de quatro anos em fraudes contra diversos programas sociais – como o seguro desemprego e o Bolsa Família. A organização contava com o auxílio de quatro servidores públicos do Centro de Referência a Assistência Social, que faziam os cadastramentos fraudulentos do auxílio emergencial.
O delegado da Polícia Federal Alberto Ferreira Neto diz que os criminosos recebiam o cartão cidadão, faziam um pré-cadastramento do benefício e se dirigiam a uma lotérica, já ajustada com o crime para fazer a liberação da senha. Com a senha, posteriormente, o grupo sacava os benefícios em diversas agências bancárias de São Paulo, sempre no exato dia e na primeira hora em que os benefícios eram liberados (dependendo do último número do NIS), a fim de evitar que os reais beneficiários identificassem as fraudes a tempo e os benefícios fossem bloqueados. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, todos na capital paulista. Os investigados devem responder por furto qualificado e associação criminosa, podendo pegar até 11 anos de prisão.
*Com informações do repórter Victor Moraes
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