Coronavírus infectou mais de 200 mil adolescentes na América Latina e Caribe em julho, alerta Opas


A entidade também informou que a pandemia está avançando em regiões das Américas que estavam controladas. ‘Estamos vendo uma expansão de casos na América Central’, disse a diretora da Opas. Argentina tem um dos menores índices de mortalidade pela Covid-19 do continente. Apesar disso, os casos estão aumento nos últimos dias, alertou Opas.
JUAN IGNACIO RONCARINO/EPA
A diretora da Opas, Carissa F. Etienne, alertou nesta terça-feira (11) que a pandemia está avançando sobre os países da América Central e Caribe e demonstrou preocupação sobre o registro de infecções entre os adolescentes.
“Em julho, ocorreram mais de 200 mil infecções e mais de 200 mortes de adolescentes [por causa da Codiv-19] na nossa região” , informou Etienne.
Além da falta de respeito às medidas de distanciamento social e isolamento, os jovens na América Latina e Caribe estão sendo afetados de maneira desproporcional pelo coronavírus.
“Reconhecemos que os jovens e os adolescentes são mais afetados na região por causa de uma gama de problemas”, disse Etienne, citando como exemplo a violência, pobreza e falta de acesso a recursos de saúde.
A diretora ressaltou que diariamente as Américas registram mais de 100 mil novos casos, sendo quase metade deles somente nos Estados Unidos. Apesar disso, a pandemia parece estar se espalhando na região: nesta semana, países que tinham conseguido controlar os casos voltaram a registram aumento.
“Estamos vendo uma expansão de casos na América Central. Esta semana, Belize relatou o maior número de novos casos da Covid-19 [desde o começo da pandemia no país]. No Caribe, a República Dominicana relatou mais casos do que todas as outras nações insulares juntas”, alertou Carissa F. Etienne, citando ainda Argentina e Colômbia.
“Em 10 de agosto, mais de 10,5 milhões de casos e mais de 390 mil mortes pela Covid-19 foram relatados em nossa região, com os Estados Unidos relatando cerca de 5 milhões de casos e o Brasil relatando mais de 100 mil mortes”, informou Etienne.
Vacina russa
Ao ser questionada sobre o registro da Rússia de uma vacina contra o coronavírus nesta terça-feira (11), a Opas informou que não irá se posicionar até a Organização Mundial da Saúde (OMS) revisar os documentos produzidos pelos cientistas russos.
“OMS precisa revisar todos os dados [do governo russo]. Só depois dessa revisão é que será possível dizer que a vacina é eficaz”, informou do médico brasileiro Jarbas Barbosa, membro da Opas.
“A Opas só tomará uma posição dessa ou de qualquer outra vacina depois da análise da OMS”, disse.
O médico lembrou que, antes de ser registrada nos órgãos de saúde, qualquer vacina precisa passar pelas três fases dos testes clínicos. “Há todo um processo de revisão técnica”, disse.
“Para que uma vacina seja recomendada pela OMS e que seja adquirida pelo nosso fundo rotatório de vacinas, ela precisa ser pré-qualificada pela OMS, e para isso ela tem que revisar qualidade e eficácia da vacina”, disse Barbosa.
Segundo Barbosa, a OMS está em contato com autoridades russas para analisar os documentos produzidos durante o desenvolvimento e os testes da vacina.
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