A Fifa estima perdas de US$ 14 bilhões (R$ 74 bilhões na cotação atual) no futebol mundial e revelou que 150 das 211 federações membros pediram ajuda financeira no plano de apoio por causa da pandemia do novo coronavírus. O prejuízo é de cerca de um terço de seu valor estimado, disse nesta quarta-feira, 16, um importante dirigente da entidade. O finlandês Olli Rehn, que chefia o comitê criado para lidar com os efeitos do surto global da Covid-19, afirmou que a Fifa, juntamente com consultores financeiros, estimou o valor do futebol entre os clubes entre US$ 40 (R$ 210) e US$ 45 bilhões (R$ 237 bilhões) em todo o mundo. De acordo com o dirigente, a cifra de US$ 14 bilhões foi baseada no cenário atual, em que o futebol está sendo retomado lentamente no mundo após um hiato de três meses, mas será um “jogo diferente” se a pandemia não diminuir.
Assim, a Fifa adotou o plano de apoio à Covid-19 em US$ 1,5 bilhão (R$ 7,9 bilhão), destinados a empréstimos e subsídios em um programa que entra em sua terceira fase. Segundo a entidade, está prevista a entrega de US$ 1 milhão (R$ 5,27 milhões) para as federações, acrescentando US$ 500 mil (R$ 2,63 milhões) para o futebol feminino, e US$ 2 milhões (R$ 10,5 milhões) para as diferentes confederações.
“A Fifa reagiu para minimizar o efeito dramático da pandemia no futebol e na sua economia. Esta é uma posição financeira forte e toda a instituição está comprometida a isso”, afirmou Olli Rehn. “Os clubes e federações membros na Europa foram os mais afetados (com a suspensão das competições), mas em termos específicos sofreram mais na América do Sul”, considerou o finlandês, lembrando que a África e a Ásia também são motivo de preocupação. O plano de apoio da Fifa requer que todos os fundos se destinem a atividades para o reinício das competições, entre as quais protocolos existentes, participação das seleções em competições, contratação de pessoal, manutenção de infraestruturas e apoio a gastos administrativos e operacionais.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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