Pontos turísticos são fechados em Chapada dos Guimarães (MT) e governo federal reconhece situação de emergência devido às queimadas


Mais de 15 mil hectares de vegetação já foram destruídos pelos incêndios que duram quase 20 dias. Incêndio em paredões e região de pousadas em Chapada dos Guimarães (MT)
Corpo de Bombeiros de Mato Grosso
Os principais pontos turísticos de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, foram fechados devido aos incêndios florestais que atingem a região há quase 20 dias. Nessa segunda-feira (14), o governo federal reconheceu situação de emergência decretada pela prefeitura no dia 1° deste mês.
De acordo com a Defesa Civil do município, mais de 15 mil hectares de vegetação já foram destruídos pelo fogo. O número corresponde a 15 mil campos de futebol.
O secretário de Turismo de Chapada dos Guimarães, Luiz Brizuela, contou ao G1 que foram montadas quatro frentes de combate aos incêndios. Segundo ele, o Parque Nacional é um dos pontos mais ameaçados pelo fogo.
“As equipes conseguiram fazer um trabalho para que o fogo não subisse para o Parque, mas está em risco. Todo os dias, cinco ou seis pontos são atingidos pelas queimadas”, informou.
Incêndio destrói vegetação no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães
Ianara Garcia/TVCA
Brizuela disse que ainda não foi possível calcular o impacto financeiro causado neste ano ao turismo da região. “O turismo está sofrendo desde março com a chegada da pandemia. o impacto é caótico”, ressaltou.
Empresários, fazendeiros e moradores se uniram para ajudar no combate.
Incêndios destroem mais de 15 mil hectares em Chapada dos Guimarães (MT)
TV Globo
Uma chácara no Vale da Benção virou um ponto de concentração das equipes para evitar estragos como nos anos anteriores. No ano passado, por exemplo, foram 50 mil hectares destruídos, sendo 7,5 mil dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
O presidente do Vale da Benção, Marcos, contou que nesta quarta-feira (16) foi até Cuiabá para tentar conseguir mais equipamentos que auxiliem no combate aos incêndios.
“Não está sendo fácil. Este ano a condição climática é atípica e isso fez com que as queimadas fugissem do nosso controle”, disse.
A última chuva registrada no município foi no dia 1° deste mês. Os ventos fortes mudam de direção a todo momento e isso dificulta o combate ao fogo.

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