O governo da Hungria anunciou nesta sexta-feira, 28, o fechamento de suas fronteiras para cidadãos estrangeiros para frear a propagação do novo coronavírus que se intensificou na Europa nos últimos dias. “A partir de 1º de setembro, os cidadãos estrangeiros não poderão mais entrar no país”, com apenas algumas exceções, disse o Ministro do Interior, Gergely Gulyas. “O perigo que (o vírus) entrar vindo do exterior existe”, acrescentou o ministro. Segundo Gulyas, a medida é necessária “para defender a saúde dos húngaros, a economia e o início do ano letivo”.
Ao regressarem ao país, os cidadãos húngaros devem apresentar dois testes negativos para o coronavírus nas 48 horas anteriores ou passar por uma quarentena de duas semanas. “A medida não significa restrições à circulação dentro do país”, afirmou o ministro. No entanto, haverá várias exceções, como no caso de comboios militares, viagens de negócios, passagens de fronteira para trabalho, trânsito para outros países por corredores pré-determinados, bem como viagens diplomáticas e oficiais. No próximo dia 24 de setembro o país receberá a Supercopa da Uefa, entre Bayern de Munique e Sevilla, na cidade Budapeste. De acordo com Gulyas, o governo está negociando com a Uefa para garantir a entrada de seis mil torcedores alemães e espanhóis para assistir à partida.
“De acordo com os planos, só poderão entrar os torcedores que têm dois testes negativos nos dois dias anteriores”, disse o ministro, embora tenha acrescentando que, de momento, nada é certo e que as condições poderão mudar até essa data. Segundo as autoridades de saúde locais, foram confirmados 132 casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, o maior número diário desde abril. No total, a Hungria registrou cerca de 5,5 mil casos, com pouco mais de 600 mortes por Covid-19.
*Com Agência EFE
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