Ao menos 16 funcionários do porto de Beirute foram detidos como parte da investigação sobre as devastadoras e mortais explosões de terça-feira, 4, em um depósito no local com toneladas de nitrato de amônio. As explosões mataram ao menos 137, deixaram mais de 5 mil feridos e 300 mil desabrigados. A Agência Nacional de Notícias citou como fonte o juiz, um representante do governo, de um tribunal militar, Fadi Akiki, que informou que até esta quinta-feira 18 pessoas já tinham sido interrogadas.
Todos são funcionários do porto e da alfândega, além de indivíduos encarregados da manutenção do hangar, onde 2.750 toneladas de materiais explosivos estavam armazenadas havia anos. A investigação, segundo o juiz, continua. Quem também esteve no epicentro da tragédia no Líbano foi o presidente da França, Emmanuel Macron.
O político desembarcou nesta quinta-feira em Beirute e prometeu assistência médica e logística ao país, além de ajuda na investigação para descobrir as razões do incidente.” Minha mensagem é uma mensagem de fraternidade, amor e amizade da França para o Líbano, e buscamos garantir ajuda internacional ao povo libanês”, disse o presidente a repórteres no aeroporto, onde foi recebido pelo presidente libanês, Michel Aoun.
Preocupação com a Covid-19
O ministro da Saúde do Líbano, Hamad Hassan, disse à rádio oficial libanesa que teme um “aumento do número de pacientes nos próximos dias” devido à necessidade de priorizar o atendimento às mais de 5 mil pessoas feridas pela explosão. Ele também apontou que os equipamentos de proteção foram perdidos; portanto, o governo quer que os hospitais de campanha que estão sendo montados também atendam aos casos do novo coronavírus. Até o momento, o país confirmou 5.062 infecções e 65 mortes por Covid-19.
*Com Estadão Conteúdo
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