Nessa quinta-feira, 17, o ex-ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, conseguiu retirar a carteira da OAB no Paraná e poderá exercer a profissão de advogado depois do tempo de quarentena determinado pela Comissão de Ética da Presidência, que acaba em outubro. Moro precisou enfrentar resistência de um grupo que queria barrar sua inscrição por acreditar que ele desrespeitou prerrogativas dos advogados enquanto era magistrado. O assunto foi tema de discussão entre os comentaristas do 3 em 1, da Jovem Pan. Para Rodrigo Constantino, não há motivos para a não concessão da carteirinha, mas que os próximos passos de Moro precisam ser analisados com cuidado.
“Seria um absurdo não conceder a carteirinha da OAB a Sergio Moro. Não tem motivo para não conceder a ele esse direito. Se ele respeitar a quarentena, pode advogar, se for o caso. Ter levado Lula e o maior empreiteiro do país à prisão é um ato heroico e patriótico e merece todos os reconhecimentos”, afirmou. “Eu desejo que ele vá por esse caminho [da advocacia], já que ele abriu mão da magistratura para entrar no governo e saiu daquela maneira, sem explicações que parecem plausíveis para quem estava de fora. Acho que se ele tentar a vida política com esse carisma todo, é tiro n’água. Ele vai ser derrotado. Ele continuar como colunista do Antagonista é uma mancha no currículo para alguém tão vaidoso, que saiu do governo para preservar sua biografia. Desejo que ele resgate um pouco da sua história e siga por um caminho do direito, alguma coisa ligada a essa área, porque ele tem conhecimento, mostrou coragem como juiz e poderá ser um bom advogado. Como colunista e como político até aqui, é um fiasco”, finalizou.
Os companheiros de bancada Thais Oyama e Josias de Souza também concordaram com a emissão da carteirinha para o ex-ministro. “Eu só acho que não vai ser fácil pra ele arrumar cliente. Não por falta de conhecimento, mas imagina, ele fez tantos inimigos, inclusive no STF, que eu penso: quem vai se atrever a ser cliente dele? Pobres não serão, ele vai advogar para ricos, e esses ricos serão enrolados na Lava-Jato? Acho que contratá-lo como advogado será mais um risco do que uma vantagem”, disse Oyama.
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