Deputado que apresentou requerimento diz que castração química seria ‘voluntária’

O deputado federal Filipe Barros (PSL) disse nesta quarta-feira, 19, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, que tem conversado com vários parlamentares pedindo assinaturas para o requerimento de urgência da votação do projeto de lei que prevê castração química para estupradores. O PL é de autoria do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL). O assunto voltou à tona depois de uma menina de 10 anos ter sofrido um aborto, após sucessivos estupros cometidos pelo tio.

Segundo Barros, o procedimento seria voluntário, e feito só depois do trânsito em julgado, para aqueles que querem passar para a liberdade condicional. “Se o condenado quiser sair através da condicional, ele faz a castração química. Se não quiser fazer, permanece na cadeia”, explicou o parlamentar. Ele informou, ainda, que a castração é feita através de uma aplicação hormonal com medicamentos, que fazem a pessoa perder seus impulsos sexuais. Além disso, é reversível e, para ser perene, precisaria ser feita durante algum tempo. “No meu entendimento, enquanto durar a pena”, afirmou.

De acordo com o deputado, estudos estatísticos feitos em outros países que aplicam essa punição, como a Polônia e a Grã-Bretanha, mostram que diminui o índice de crimes de estupros. No entanto, ele afirma que o projeto deve sofrer resistência na Câmara, principalmente por ser de autoria da família Bolsonaro — Jair também já apresentou um semelhante. “Teremos resistência do pessoal da esquerda, mas os outros deputados estão aceitando votar essa matéria”, finalizou.

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