Estudo mostra que Plano São Paulo preservou 318 mil empregos

Um estudo independente realizado pela Fipe, da USP, liderado pelo economista Eduardo Haddad, demonstra que o Plano São Paulo preservou 318 mil empregos no Estado de São Paulo. O grupo mais beneficiado foi o de trabalhadores formais, homens, com menos escolaridade e menor renda. O estudo também mostra que as regiões com mais aderência das medidas restritivas, como a cidade de São Paulo, tiveram a atividade econômica recuperada de forma mais rápida e sustentável.

Os números foram apresentados na entrevista coletiva do governo estadual nesta segunda-feira (17). A quarentena foi decretada no Estado de São Paulo no dia 22 de março e, a partir de 1 de julho, foi flexibilizada — sendo chamada de quarentena heterogenia, que se estende até hoje. O Plano São Paulo passou por 10 atualizações e apenas um processo de recalibração, no dia 31 de julho.

A pesquisa mostra que, dos empregos preservados, 30,6% eram informais e 69,4% formais. Os ocupantes dos cargos eram 54,8% do sexo masculino e 45,2% do sexo feminino. Das vagas, 27,2% eram ocupadas por profissionais com o ensino fundamental incompleto, 18,6% com ensino fundamental completo e 35,4% com ensino médio completo. Apenas 17,8% das vagas eram ocupadas por trabalhadores com ensino superior completo. Do total, 42,5% recebem entre um e dois salários mínimos.

O Estado de São Paulo tem, nesta segunda-feira, 702.665 casos confirmados da Covid-19 e 26.899 óbitos confirmados. A ocupação dos leitos de UTI está em 57,4% no Estado e em 55,5% na Grande São Paulo. Entre o número de internados, 4.800 estão em UTI e 6.457 em enfermaria — entre o total de casos confirmados e suspeitos.

O Estado tem hoje 22 leitos de UTI para cada 100 mil habitantes e a ocupação dos leitos de UTI está em 60%. A última atualização do Plano São Paulo mostrou que 86% das regiões se encontram na Fase 3 – Amarela. De acordo com a economista Ana Carla Abrão, coordenadora do Comitê Econômico, o aumento de número de casos está diretamente relacionado ao aumento do índice de testagem no Estado: mais de 3 milhões de testes foram realizados até o dia 12 de agosto.

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