Índios pedem ajuda para comprar insumos e alimentos durante a pandemia em MT

São cerca de 100 pessoas morando na vila. Alguns já foram infectados pelo novo coronavírus e precisam ficar isolados. Os indígenas da etnia Chiquitano que vivem aldeia Vila Nova Barbecho, em Porto Esperidião, estão passando por dificuldades após perderem a renda durante a Covid-19. Para conseguirem se manter, estão realizando uma campanha para arrecadar insumos e alimentos.
O líder chiquitano Soilo Urupe contou que são cerca de 100 pessoas morando na vila.
“Já tem pessoas que testaram positivo para a Covid-19, então vem essas preocupações de como vamos conseguir combater e fazer esse isolamento social dentro do território”, ressaltou.
Os chiquitanos lutam há muitos anos pela demarcação das terras. São várias aldeias da mesma etnia entre Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade.
No caso da Vila Nova Barbecho, são 27 famílias em 25 hectares de terra. Com a pandemia, a situação ficou ainda mais complicada, pois não podem mais ir para a cidade para trabalhar.
“A situação que nos preocupa é essa. Estamos passando necessidade, porque a gente não pode sair e trazer perigo para todos”, disse o caicique Fernandes Moquissai Soares.
A iniciativa para a arrecadação de recursos conta com ajuda da coordenação do laboratório de tecnologias, ciência e criação ligado ao programa de pós graduação de estudo de cultura contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do núcleo de produção digital do campus Araguaia.
“Para cumprirmos de fato o que pede a Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e secretarias de Saúde, nós precisamos desse apoio, pois nesse momento passamos por dificuldades”, disse Soilo.

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