Mourão: ampliação do seguro-desemprego não pode ser feita ‘de afogadilho’

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, confirma que o governo está estudando a possibilidade de autorizar a ampliação do seguro-desemprego. Representantes do ministério da Economia e do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador se reuniram na quinta-feira, 24, para debater a possibilidade de ampliar o pagamento do benefício por mais duas parcelas para demitidos durante a pandemia. O governo, no entanto, pediu 15 dias para estudar a possibilidade e apresentar uma contraproposta. Isso porque o custo de cada parcela adicional é estimado em pouco mais de R$ 8 bilhões.

De qualquer forma, segundo Mourão, a medida está sendo analisada de modo que não contribua com o aumento da dívida pública. Ele também comentou, nesta sexta-feira, 25, sobre a redução de 11,6% nos pedidos de seguro-desemprego em setembro em relação ao mês anterior. Na avaliação do vice-presidente, as medidas adotas pelo governo não só contribuíram para que as empresas deixassem de demitir como para que voltassem a contratar.  O vice-presidente acredita em uma recuperação rápida da economia brasileira, que segundo ele foi uma das menos afetadas pela crise do coronavírus no segundo trimestre deste ano, quando os efeitos da pandemia foram mais intensos em todo o mundo. Ele lembrou que a previsão inicial era de uma retração econômica de 9% ao longo de 2020, índice que já está em 5%. Mesmo assim, Mourão diz que o governo aposta em uma redução ainda menor, de 4,7%.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

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