Mourão minimiza baixas na equipe econômica e diz que teto de gastos é ‘âncora fiscal’

O vice-presidente da república, general Hamilton Mourão, acredita que as burocracias e entraves do setor público estão dificultando a permanência de técnicos no governo federal. Segundo Mourão, aqueles que estão dispostos a assumir cargos no governo precisam ter determinação e paciência para conseguir alcançar os objetivos traçados.  A fala do vice-presidente diz respeito à saída de Salim Matar e o Paulo Uebel da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.  Ambos pediram para demissão nesta semana justamente por não terem conseguido avançar nas áreas que trabalhavam. De acordo com o próprio Paulo Guedes, Mattar estava insatisfeito com o ritmo das privatizações no país e Uebel reclamou da falta de andamento da reforma administrativa, que trata dos servidores públicos.

O vice-presidente reconhece que a dinâmica da administração pública é diferente do setor privado. O general Hamilton Mourão também defende o respeito e a manutenção do teto de gastos, considerado por ele a âncora fiscal do Brasil. Ele é contra a ideia de burlar a regra, mesmo que o objetivo seja inserir mais dinheiro na economia. Mourão lembra que os ministros que sugerem extrapolar o teto precisam apresentar essa proposta aos técnicos da equipe econômica e ao presidente, que é a quem cabe decidir sobre o assunto. Na avaliação do general Hamilton Mourão, a iniciativa privada tem que ser o motor da retomada da economia após a crise gerada pelo coronavírus. Segundo o vice-presidente, o Estado brasileiro tem muito pouco espaço fiscal e é campeão em criar dificuldades, enquanto deveria gerar facilidades. Mourão acredita que papel do setor público é agir como uma espécie de indutor do crescimento.

*Com informações do repórter Antonio Maldonado

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