Somente nos três primeiros meses deste ano, Mato Grosso ultrapassou 14,4 mil casos prováveis de dengue, quantidade que representa um aumento de 110,8% em relação ao mesmo período de 2021, quando ocorreram 6.869 notificações. Além disso, o Estado tem três mortes confirmadas e investiga outras três em decorrência da doença.
Os dados constam em novo informe epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT). Segundo o relatório, Mato Grosso apresenta alto risco de transmissão da dengue ao contar com uma taxa de incidência é de 415,6 casos por 100 mil habitantes. Dos 141 municípios mato-grossenses, 62 apresentam quadro preocupante. Entre eles, Sinop que conta com uma incidência de 1.072,8 casos por 100 mil e Tangará da Serra com 341,2/100 mil.
Maiores cidades em termos populacionais, Cuiabá e Várzea Grande apresentam baixo risco de contaminação. Na Capital, a taxa é de 49,3 por 100 mil pessoas e em Várzea Grande de 33,3/100 mil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Contudo, Secretaria Municipal de Saúde (SMS) orienta a população cuiabana para redobrar os cuidados no período. Na cidade, o último levantamento de índice rápido do Aedes aegypti (LIRAa) realizado nos dias 21 a 25 de fevereiro deste ano, revela que foram encontradas infestações do Aedes aegypti em todos os bairros. Ao todo 11.589 imóveis foram inspecionados.
Os bairros com maior quantidade de larvas encontradas foram Parque Nova Esperança 2, Pedra 90, Jardim Gramado, Dom Aquino, Pedregal, Recanto dos Pássaros, Ribeirão do Lipa, Jardim Vitória, 1º de Março, João Bosco Pinheiro.
Segundo a secretária de saúde, Suelen Alliend, a quantidade de chuvas aumentou se comparado aos anos anteriores, o que é muito favorável para a proliferação do mosquito. “Estamos trabalhando para combater a proliferação do mosquito, com estratégias de controle vetorial e estratificação das áreas de risco”, afirmou.
Alliend reforça que a ação principal são as visitas bimensais, com o objetivo de orientar a comunidade, impedir a reprodução de focos, evitar a formação de novos criadouros e executar o tratamento 100% de caixas d’água como medida complementar às orientações educativas. Os tipos de recipientes predominantes para situação de infestação são as caixas d’águas e lixos residenciais.
Os óbitos confirmados neste ano ocorreram nos municípios de Arenápolis, Sinop e Pontes e Lacerda. Já os que ainda seguem em investigação foram Lucas do Rio Verde, Marcelândia e Nova Xavantina. Em relação a zika e a chikungunya, o Estado apresenta baixo risco de transmissão das duas doenças. Até o momento, são 22 casos de zika e 98 registros de chikungunya.
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