Na véspera de reunião da ONU, Guterres diz que pandemia só será superada ‘com união’

Pela primeira, a Assembleia-Geral das Nações Unidas será remota, com discursos gravados dos Chefes de Estado. Apenas um representante de cada delegação estará em Nova York. Na véspera da abertura, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou que as conversas só possam ocorrer à distância. Em um discurso para marcar os 75 anos da instituição nesta segunda-feira, 21, Guterres disse que a pandemia de coronavírus expôs problemas que só podem ser resolvidos com união. Ele completou que ainda existem muitos desafios e poucas soluções multilaterais.

O presidente da França, Emmanuel Macron, elogiou a atuação de agências da ONU e disse que a entidade é fiel aos compromissos assumidos no pós guerra. No entanto, o francês disse que a organização, assim como o mundo, está em “desordem” e falta força no sistema internacional para punir abusos, como o uso de armas químicas e detenções em massa. Para finalizar, Macron pediu cooperação daqueles que podem e desejam agir contra o declínio dos direitos humanos, os problemas climáticos e a emergência no sistema de saúde. A representante dos Estados Unidos, Cherith Normal Chalet foi mais dura. A embaixadora disse que falta transparência e a ONU está muito vulnerável a regimes autocráticos e ditatoriais. Além do discurso do presidente Jair Bolsonaro, estão previstas para esta terça-feira, 22, as falas dos presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, Vladimir Putin, da Rússia, e Xi-Jinping, da China.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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