Prefeitura de SP libera retomada das aulas presenciais no ensino superior a partir de 7 de outubro

SÃO PAULO – A Prefeitura de São Paulo liberou a retomada das aulas presenciais do ensino superior a partir do dia 7 de outubro, segundo o anúncio feito pelo prefeito Bruno Covas nesta quinta-feira (17).

A medida foi baseada na quinta fase do inquérito epidemiológico feito entre adultos no município. Considerando o contexto e a sequência de semanas com redução na quantidade de infecções e óbitos na cidade, Covas explicou que não “faz mais sentido” deixar o ensino superior paralisado.

Segundo a pesquisa, há a prevalência de anticorpos contra a Covid-19 em 13,9% da população adulta entrevistada na cidade, ou cerca de 1,64 milhão de pessoas. Para o estudo foram testados 5.760 adultos (maiores de 18 anos) entre 8 e 27 de agosto por meio de exame de sangue.

O número representa um aumento de 26,3% na comparação com a quarta fase do inquérito, realizada entre 7 e 17 de agosto. O índice geral de adesão às medidas de distanciamento social na cidade está em 79,3%, afirma a prefeitura.

“O inquérito de adultos melhorou e várias atividades já retomaram suas atividades aqui na cidade. Temos um protocolo feito pelo governo do estado de São Paulo para a retomada dessas aulas do ensino superior — respeitando, é claro a autonomia universitária, o entendimento de cada universidade, a proporção e a quantidade de alunos, o distanciamento social. Mas não tem mais sentido, com os dados que nós temos, continuar a proibir o ensino superior na cidade de São Paulo”, disse Covas.

Além disso, outro avanço, segundo o inquérito da prefeitura, foi o aumento do uso de máscaras em locais públicos entre a população adulta. Houve um salto de 53% entre as pessoas que pertencem ao grupo com índice de desenvolvimento humano (IDH) alto e entre os cidadãos pertencentes ao grupo de IDH baixo o aumento foi de 36% – ambas na comparação com a fase quatro do estudo.

Ele ressaltou que a prefeitura vem sofrendo pressão de vários setores para se posicionar em relação à retomada das atividades. “Estamos sofrendo pressão de todos os lados, mas seguir o que é recomendado pela área da saúde nos dá a tranquilidade de que estamos no caminho certo, mesmo sabendo que nem sempre solucionamos todos os problemas deste ou daquele grupo”, finalizou.

Covas explicou que a prefeitura vai revisitar os dados e segue fazendo análises sobre a situação para entender se, a partir de 3 de novembro, manterá a mesma linha anunciada nesta quinta, focada na liberação das atividades da população adulta, ou se, a flexibilização no setor educacional será ampliada também para as crianças de até 17 anos.

Os alunos entre 0 e 17 anos estarão liberados, também a partir de 7 de outubro, a retomarem as atividades extracurriculares. “Estamos avaliando tudo com muita cautela para não retrocedermos o avanço que estamos tendo na cidade. Estamos flexibilizando sem dar passos para trás”, disse Covas.

Crianças

O inquérito infantil, que está na fase três, mostra a prevalência de anticorpos contra a Covid-19 em 18,4% da população entre 0 e 17 anos. O resultado apresenta estabilidade na comparação com a última análise feita anteriormente, quando o dado estava em 18,3%. A estimativa é de 224,3 mil crianças já tenham anticorpos para a Covid-19.

Para o estudo foram testados 6 mil alunos de escolas das redes municipal, estadual e privada e a coleta de dados foi feita entre 1 e 3 de setembro.

Segmentando os dados, é possível observar que a prevalência de anticorpos em crianças na rede municipal (18,4) e estadual (17,2%) é muito maior do que na rede privada (9,7%). “A diferença é muito grande entre os alunos da rede privada e pública. Os alunos da rede privada são muito mais suscetíveis a contraírem o vírus”, disse Edson Aparecido, secretário municipal de saúde.

A prefeitura justificou a cautela com a população infantil devido ao fato de 66% das crianças serem assintomáticas em relação ao vírus, segundo os dados da prefeitura.

Aparecido explicou que o número alto de crianças assintomáticas foi puxado, principalmente, pelos estudantes da rede privada de ensino (70,3%). “Vale destacar que esse é o estrato que mais apresenta convivência em domicílios com moradores maiores de 60 anos (31,1%) e também é o grupo que apresenta a menor prevalência de anticorpos. Essa condição [de retomar as aulas] seguramente levaria a uma maior contaminação dessas crianças com impacto em seus familiares”, disse.

Mais informações em breve. 

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