Reino Unido: Boris Johnson defende união de lideranças mundiais no combate à Covid-19

“Nunca mais devemos travar 193 campanhas separadas contra o mesmo inimigo”, disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, neste sábado, em um discurso pré-gravado para a Assembleia Geral virtual das Nações Unidas. Johnson destacou que o novo coronavírus desgastou os laços entre as nações ao dizer que, nove meses após a pandemia, “a própria noção de comunidade internacional parece esfarrapada”. O primeiro-ministro ainda exortou os líderes mundiais a se unirem contra o “inimigo comum” da Covid-19.

Johnson traçou um plano para prevenir outra pandemia global, incluindo uma rede de laboratórios de pesquisa zoonótica em todo o mundo para identificar patógenos perigosos antes que passem de animais para humanos. O primeiro-ministro também pediu aos países que compartilhem dados para criar um sistema global de alerta precoce para surtos de doenças e às nações que parem de impor controles de exportação de bens essenciais, como muitas fizeram durante a pandemia. Boris Johnson, que contraiu Covid-19 durante a primavera do Hemisfério Norte, chegou a passar três noites em terapia intensiva.

Johnson anunciou que o Reino Unido vai aumentar o seu financiamento para a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 30%, para 340 milhões de libras (US$ 432 milhões) nos próximos quatro anos. Ele também comprometeu 500 milhões de libras (US$ 636 milhões), por meio do pool global de aquisição de vacinas COVAX, para ajudar 92 dos países mais pobres do mundo a obter a imunização contra o novo coronavírus, caso uma esteja disponível. O primeiro-ministro está tentando conter a impressão de que está se retirando do cenário mundial ou se tornando mais protecionista após sua saída da União Europeia. O Reino Unido deixou as instituições políticas do bloco em janeiro.

* Com Estadão Conteúdo

Boris Johnson anunciou que o Reino Unido vai aumentar o seu financiamento para a Organização Mundial da Saúde em 30% nos próximos quatro anos

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