O Youtube, o Instagram, o Picpay e o Twitter removeram as contas da ativista Sara Geromini, conhecida como Sara Winter, após ela expor dados de uma menina de 10 anos, estuprada pelo tio, que engravidou e teve autorização para realizar um aborto no último domingo. O Picpay, plataforma que Winter usava para fazer um financiamento coletivo, informou a uma usuária que a conta da ativista foi bloqueada. A divulgação dos dados pessoais de menores de idade é crime no Brasil e pode gerar prisão e multa de R$ 21 mil — mesmo para quem compartilhar a postagem.
Oi, Gabi.
O cadastro da usuária já foi bloqueado em nossa plataforma, interrompendo o acesso e qualquer movimentação em conta. Prezamos pelo nosso código de conduta, e ele não foi cumprido ao expor informações da menor de idade.— PicPay (@picpay) August 18, 2020
Entenda o caso
Pessoas contrárias e a favor do aborto estiveram na porta do hospital onde a menina está internada para realizar o procedimento. Houve bate-boca entre os dois grupos. O médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho, gestor-executivo da instituição, foi hostilizado. A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou que segue a legislação vigente em relação à interrupção da gravidez (quando não há outro meio de salvar a vida da mulher, quando é resultado de estupro e nos diagnósticos de anencefalia), além dos protocolos do Ministério da Saúde para a realização do procedimento, oferecendo à vítima assistência emergencial, integral e multidisciplinar.
*Mais informações em instantes
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